domingo, 27 de outubro de 2013

ECUMENISMO, PLURALISMO E DIÁLOGO INTER RELIGIOSO




Gandhi: 
Lutou pelo bem comum da humanidade, fazer justiça era o ponto fundamental;
Dalai Lama: 
Sua  maior preocupação é com a cultura de paz no mundo entre os pacifistas;
Sathya Sai Baba: 
Um grande educador que tinha como missão resgatar a auto-estima e auto-realização das pessoas, independente de religião.

PALESTRA - PLURALISMO RELIGIOSO

REPORTAGEM -  ECUMENISMO

 ENCONTRO DA NOVA CONSCIÊNCIA - PALESTRA

DIÁLOGO INTER RELIGIOSO E A CULTURA DE PAZ - NOVA CONSCIÊNCIA

DIÁLOGO INTER RELIGIOSO- LÍDERES RELIGIOSOS


sábado, 26 de outubro de 2013

PLURALISMO RELIGIOSO, DOM DE DEUS


                                     
Série: O Sagrado


Princípios básicos para uma convivência pluralista entre as religiões

                                           
  (Faustino Teixeira - Juiz de Fora, Brasil)

1. O pluralismo religioso é um dom de Deus e revela as riquezas singulares de sua sabedoria infinita e multiforme.
2. Embora expressem uma busca às cegas de Deus, as religiões são acolhidas em si mesmas por Deus na dinâmica de sua infinita abertura e misericórdia. Não é só que os sedentos buscam água, mas sim que a água busca os sedentos.
3. As religiões são "fragmentos" em meio a uma sinfonia cujo horizonte leva a marca do inacabamento. Não é possível que uma tradição pretenda estar somente ela em posse da verdade.
4. A verdade que anima o caminhar das religiões não é algo que possa ser apropriado como uma garantia assegurada, mas sim um mistério sempre aberto, pelo qual as religiões devem deixar-se possuir.
5. As religiões têm limites e ambiguidades, mas estão igualmente assistidas pela maravilhosa liberdade do Espírito, que conhece caminhos misteriosos e inesperados.
6. Cada religião é portadora de um enigma irredutível e irrevogável, não podendo ser entendida como um marco de espera que encontra sua continuidade lógica e seu cumprimento pleno em outra tradição religiosa. A riqueza das religiões não é algo que se encontra fora delas, como se seu valor consistisse em sua capacidade de se abrir positivamente àquilo que ignoram.
7. Desconhecer esse enigma ou mistério que envolve cada tradição religiosa é não honrar sua especificidade única e desprezar a riqueza insuperável da alteridade.
8. Sustentar uma assimetria básica entre as religiões – a chamada assimetria de princípio – vai contra a dinâmica misteriosa dos dons de um Deus que abraça a diversidade.
9. A experiência de fé em um Deus criador, presente e atuante em todos os povos do mundo, implicam em reconhecer sua presença viva e acolhedora entre as diversas tradições religiosas.
10. Deus atua na história por meio de mediações distintas e diversificadas. Não há razão plausível para concentrar a mediação fundamental da presença salvífica de Deus em uma única instância ou "porta", mas devemos reconhecer outras formas dessa mediação, que podem ser uma pessoa, mas também as Escrituras, um acontecimento histórico, um ensinamento ou uma práxis.
11. Aceitar o pluralismo religioso como um valor em si mesmo – o chamado pluralismo de princípio – é uma condição essencial para o verdadeiro diálogo inter-religioso. Não é possível dialogar verdadeiramente com o outro desconhecendo a riqueza e o valor irredutível de sua dignidade religiosa.
12. Limitar-se a uma única tradição religiosa, excluindo-se da provocação criativa do diálogo com a alteridade, leva à perda das riquezas preciosas que a dinâmica reveladora de Deus irradia, que atua na história sempre e em todo o lugar.
13. O reconhecimento da presença do Mistério Maior nos outros confere uma nova perspectiva à identidade, possibilitando a abertura a novas e enriquecedoras dimensões da própria fé.
14. Longe de debilitar a fé, o diálogo verdadeiro abre horizontes novos e fundamentais para a sua afirmação em um mundo plural.
15. Acolher o pluralismo como um valor em si mesmo não só implica no diálogo entre as religiões, mas também na abertura e na complementaridade a outras formas de opções espirituais, seja religiosas, arreligiosas ou pós-religiosas.



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

HOMENAGEM AOS PROFESSORES

SER PROFESSOR




Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...
Momentos de descontração na formação continuada de Ensino religioso
Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.
Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

domingo, 13 de outubro de 2013

O DIREITO DE SER CRIANÇA

vídeo retirado do youtube de acordo com o título

Nossas crianças já têm esses direitos garantidos por lei... 
O que está faltando é ser realmente executados por estas leis. Chega de se ver tanta criança vagando na rua, sendo maltratada, por adultos, que usam-nas por interesses próprios... Crianças abandonadas pedindo esmolas, sem escolas, famintas não só de alimento, mas de carinho, de afeto e de teto para morar, de um lar que lhe dê dignidade e principalmente amor. 
O dia em que os direitos das crianças, independente de etnia, cultura e religião forem respeitados, aí sim teremos a construção de um mundo melhor, sem preconceito e sem exclusão, um mundo de PAZ.
As nossas crianças agradecem se tiverem os seus direitos garantidos e respeitados, distantes das propagandas enganosas. 

SER CRIANÇA



Ser criança, tem tanto significado!...
Criança é símbolo de pureza, porque não vê maldade em nada...
Inocência, porque é simplicidade como a candura dos anjos...
Carinho, porque simboliza afeto...
Ternura, por sua meiguice e suavidade que demonstra tantas qualidades!...
Amor por sua afeição para com as pessoas, o seu apego com o outro, a sua gratidão pelas pessoas que a cercam!...
O seu carinho com a natureza, principalmente com os animais...
Ser criança é representar o símbolo do amor de Deus por nós.

Ser criança é acreditar em tudo ou quase tudo!
Ser criança significa:
Verdade e bondade...
Pureza e beleza...
Inocência e excelência...
Carinho e caminho...
Ternura e candura...
Coração e paixão...
Ser Criança é o resumo de tudo...
Ser criança é olhar o mundo sem discriminação, sem exclusão, sem religião, onde tudo é perfeito... com suas imperfeições...

PORQUE SER CRIANÇA É O PRÓPRIO AMOR.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

VII CONERE- MINI - CURSOS

Mini-cursos

Os Mini-cursos são espaços de apresentação e desenvolvimento de conteúdos curriculares previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso (PCNER) ou relacionados a eles e a temática do evento.
Os Mini-cursos aconteceram na tarde do dia 04 de outubro, de forma concomitante, em 10 salas de aulas, das 14h00 às 16h00. Os participantes do evento tiveram a oportunidade de  escolherem o mini-curso segundo a temática do seu interesse. 

Os temas com seus ministrantes foram:

- Alteridade: Drando. Tarcísio Alfonso Wickert (FURB) 

- Ideias sobre o transcendente: Dr. Jonas Roos (UFJF)

- Limites éticos e as tradições religiosas: Dra. Elisa Rodrigues (UFJF)

- Fundamentos e Metodologias do Ensino Religioso: Profª Eliane Lüdwick (UNOCHAPECÓ)

- Mitos: Dr. Frederico Pieper Pires (UFJF)

- Ritos: Ma. Maria José Torres Holmes (SEMED João Pessoa/PB)

- Símbolos: Dr. Arnaldo Érico Huff Jr. (UFJF)

- Textos Sagrados orais e escritos e o Ensino Religioso: Dr. Luiz José Dietrich (FURB)

- Finitude humana: Profª Cleuma Schmidt Krüger (SEMED Jaraguá do Sul/SC)

- Os conhecimentos na perspectiva Indígena: Dr. Leonel Piovezana (UNOCHAPECÓ)

- Os conhecimentos nas tradições religiosas monoteístas: Dr. Faustino Luiz Couto Teixeira (UFJF)

- Diversidade Cultural Religiosa e Direitos Humanos: Dra. Marga Janete Ströher (SDH/PR).



VII CONERE - CONGRESSO NACIONAL DE ENSINO RELIGIOSO



Este é mais um evento que faz parte da história do Ensino Religioso. Cada momento visto foi importante para nós professores de Ensino Religioso. Em pensar que tudo começou na colonização e hoje estamos caminhando para uma grande conquista com muita garra pelos guerreiros FONAPERIANOS. Basta que vejamos abaixo os grupos de pesquisas apresentados. Quanta riqueza de conhecimentos foram passados neste grande evento...Foram trocas de saberes e experiências.
Foto
Foto de despedida ao final do segundo dia do evento  
parte da equipe do FONAPER e mais alguns cursistas, a equipe de Belém-PA


Grupos de Trabalho
Acadêmicos, pesquisadores e docentes da educação básica, graduação e de pós-graduação são convidados a comunicarem seus trabalhos e práticas pedagógicas no VII CONERE. Para isso, deverão escolher um dos GTs propostos na sequência e observar as normas para sua submissão.
Segue abaixo o nome dos GTs e as respectivas ementas:

GT1: Formação docente para o Ensino Religioso
Coordenação: Dra. Lílian Blank de Oliveira (RELER/FURB), Ma. Simone Riske-Koch (FURB/FONAPER) e Dra. Elisa Rodrigues (UFJF)

Ementa: Ao longo da história da educação brasileira, diferentes ações foram implementadas visando garantir a oferta de formação inicial e continuada aos professores de Ensino Religioso. Entretanto, a partir da promulgação da Lei n. 9.475/97, a formação de docentes para esta área do conhecimento tem sido alvo de crescente interesse, discussão e pesquisa em âmbito nacional, envolvendo a comunidade acadêmica, sistemas de ensino e organizações da sociedade civil, tendo em vista a necessidade de assegurar o respeito à diversidade cultural-religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. Este GT busca problematizar, discutir e socializar referenciais, políticas e práticas relativas à formação inicial e continuada na área de conhecimento de Ensino Religioso na atualidade brasileira.
Palavras Chave: Formação Docente; Ensino Religioso; Diversidade Cultural Religiosa; Brasil.

GT2: Currículo do Ensino Religioso
Coordenação: Drando. Elcio Cecchetti (UFSC/UNOCHAPECÓ) e Ms. Maria José Holmes Torres (SEMED João Pessoa/PB)

Ementa: Reconhecendo o Ensino Religioso como área do conhecimento este GT objetiva aprofundar as discussões relacionadas às concepções, objetivos, conteúdos, metodologias e procedimentos avaliativos concernentes aos processos de ensino-aprendizagem em Ensino Religioso na Educação Básica; socializar atividades de aprendizagem e práticas pedagógicas em Ensino Religioso e; estabelecer relações entre currículo, conhecimento religioso e diversidade cultural religiosa.
Palavras chave: Currículo; Ensino Religioso; Conhecimento Religioso; Diversidade Cultural Religiosa.

GT3: Concepções metodológicas do Ensino Religioso
Coordenação: Ms. Henri Luiz Fuchs (UNILASALLE) e Dr. Remí Klein (Faculdades EST/RS)

Ementa: Toda concepção metodológica reflete um determinado entendimento de Ensino Religioso. Ao longo da história desta área de conhecimento diferentes encaminhamentos metodológicos reafirmaram suas respectivas concepções. Com a promulgação da Lei nº 9.475/1997, o Ensino Religioso visa assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa presente no Brasil. Neste sentido, este GT acolherá pesquisas e relatos de práticas pedagógicas relacionadas às concepções e encaminhamentos metodológicos do Ensino Religioso; procedimentos e processos de ensino e aprendizagem em Ensino Religioso e, seleção e uso de recursos didáticos e paradidáticos para esta área do conhecimento na diversidade cultural religiosa.
Palavras chave: Ensino Religioso; Concepções Metodológicas; Diversidade Cultural Religiosa.

GT4: Fundamentos Epistemológicos para o Ensino Religioso na Diversidade Cultural Brasileira
Coordenação: Dranda. Jacirema Maria Thimoteo dos Santos (UFRJ e PUC-RJ) e Dr. Tarcísio Alfonso Wickert (GPEAD/FURB)

Ementa: Historicamente o Ensino Religioso, uma área do conhecimento da Educação Básica brasileira tem sido motivo de polêmicas e contendas na sociedade, escolas e academias. Em muitas situações não recebe valor e atenção de forma similar as demais áreas do conhecimento, embora possua uma episteme própria, seja disciplina que compõe o currículo escolar e deva ser respeitada como tal. Neste sentido, faz-se necessário investigar e analisar epistemologias que integram e conduzem debates e ações do cenário do Ensino Religioso na atualidade brasileira, como uma área que estuda o fenômeno religioso em suas relações com o mundo, a natureza, a transcendência, a imanência, multiplicidade de saberes e vivências construídas e elaboradas cultural e historicamente pela humanidade. Esse GT tem como objetivo refletir estudos e pesquisas sobre epistemologias do Ensino Religioso, que contemplem e integrem a diversidade cultural religiosa do povo brasileiro, vedadas quaisquer formas de proselitismo. Para isso, pretende reunir trabalhos de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento que tratem desse assunto e trabalhos que reflitam, identifiquem e questionem epistemologias presentes em propostas pedagógicas existentes nos Estados brasileiros sobre Ensino Religioso.
Palavras chave: Educação Básica Brasileira; Diversidade Cultural; Ensino Religioso; Epistemologias; Ciências da Religião e Humanas.

GT5: Imaginário Simbólico e Ensino Religioso
Coordenação: Dr. Carlos André Macedo Cavalcanti (UFPB) e Dr. Luzival Barcellos (UFPB)

Ementa: Nas vivências diversas do sagrado em religiões diferentes, o imaginário é o elo profundo que deve aproximá-las, consignado em narrativas míticas fundantes e símbolos aproximativos que convergem para a única universalidade do humano. Há, então, uma razão aproximativa mesmo entre as religiões que divergem e entram em conflito entre si: elas divergem na história humana, mas se aproximam em suas cosmogonias fundantes. O diálogo entre as religiões deve começar pelo conhecimento destas convergências. O Ensino Religioso pode necessariamente refletir esta força convergente do imaginário religioso, valorizando o aprendizado polifônico dos símbolos e dos mitos em experiências vivas nas aulas da disciplina. Isto reafirma o nosso compromisso com a Diversidade Religiosa! Este GT aceitará trabalhos que tratem de experiências escolares de ensino, pesquisa ou extensão – inclusive universitárias! – com símbolos, mitos, arquétipos e suas variações temáticas, desde que voltados para o Ensino Religioso, naturalmente. Incluímos aí também as construções acadêmicas sobre o tema deste GT.
Palavras chave: Imaginário Simbólico; Ensino Religioso; Diversidade Religiosa.

GT6: Diversidade Religiosa e Direitos Humanos
Coordenação: Doutoranda Kathlen Luana de Oliveira (Faculdades EST) e Dr. Luiz José Dietrich (FURB)

Ementa: O GT tem por objetivo oportunizar um espaço de debate e intercâmbio de saberes e experiências que abordem a temática sobre direitos humanos, especificamente sobre as violações, violências e situações de intolerância religiosa. Saberes e experiências que podem ser investigados em espaços de ensino religioso, formais, não-formais ou comunitários. Buscam-se trabalhos das diversas áreas do conhecimento que proporcionem um mapeamento, uma visibilização da problemática, juntamente com pesquisas que possibilitem estratégias de superação, propostas de ação crítica e construtiva à uma educação em direitos humanos que considere o direito à liberdade e à diversidade religiosa.
Palavras chave: Diversidade Religiosa; Direitos Humanos; Ensino Religioso.

GT7: Educação e Interculturalidade
Coordenação: Dr. Antônio Sidekum (UCA/El Salvador) e Dr. Iuri Andréas Reblin (Faculdades EST-RS)

Ementa: Diante de um mundo que se diz globalizado identificam-se tendências que (re)produzem identidades subjugadas à lógica mercadológica, reduzindo as relações humanas aos interesses do capital. A educação se torna instrumento de reprodução deste pensamento impedindo, na maioria das vezes, o desenvolvimento de processos interculturais, que permitem o intercâmbio entre as identidades sem que haja a negação de alteridades. Este GT objetiva acolher textos que contribuam com a reflexão e desenvolvimento de processos educacionais em uma perspectiva intercultural, promovendo, defendendo e reparando os direitos humanos fundamentais.
Palavras chave: Educação; Interculturalidade; Alteridade.

GT8: A religião e o ethos contemporâneo na perspectiva da educação e do Ensino Religioso no Brasil
Coordenação: Dr. José Luiz Izidoro (CES-JF)

Ementa: O século XXI se caracteriza pela complexidade e pela composição justaposta de paradigmas que norteiam e buscam compreender as diferentes facetas da realidade. Estabelecem-se de maneira provisória os valores fragmentados e instáveis nas sociedades contemporâneas, mas é, inevitavelmente, o mundo que se apresenta e que o interpretamos. Também a religião continua a existir e coexistir de maneira fragmentada e interativa em suas experiências e livre das forças reguladoras e até mesmo institucionais de controle. No âmbito da autonomia e da liberdade de escolhas e opções, as sociedades contemporâneas tecem, no emaranhado dos tecidos socioculturais e religiosos, sua teia como estratégia de espaços alternativos de sentido e de equilíbrio entre a humanidade, a natureza e o cosmo, possibilitando a vivência das experiências sagradas no âmbito pessoal e na articulação coletiva das subjetividades. O fenômeno religioso estende-se pelos vários e diferentes tecidos socioculturais e geo-humanos, produzindo sentidos, construindo sistemas simbólicos, forjando ethos e possibilitando difusas discussões. É a partir da pluralidade religiosa, da vivência das diferentes religiosidades e da diversidade de sua interpretação e abordagens teórico-metodológicas na história, que somos instigados a uma discussão interdisciplinar. A abordagem interdisciplinar possibilita os olhares múltiplos para os temas e processos ligados à constituição da modernidade/pós-modernidade e o ethos moderno, assim como o papel e o lugar da religião em todo esse processo. Desse modo, a abordagem interdisciplinar torna-se um método indispensável para o estudo e a pesquisa das religiões no âmbito da educação e do ensino religioso no Brasil, objetivando o esclarecimento sobre a liberdade de opções no âmbito das crenças religiosas e de seu campo hermenêutico, assim como promovendo o exercício dos quadros de direitos e de cidadania na construção da democracia. Este GT pretende contribuir com o debate, promovendo o interesse pelo tema na academia e na sociedade.
Palavras chave: Ethos contemporâneo; Religião; Educação.

GT9: Ensino Religioso e valores do diálogo inter-religioso
Coordenação: Mestranda Romi Márcia Bencke (UFJF)

Ementa: O debate sobre Ensino Religioso e valores do diálogo inter-religioso insere-se na discussão sobre as transformações do papel social das religiões em um contexto de pluralidade. Por muito tempo, argumentou-se que a secularização contribuiria para o declínio da religião tanto na sociedade quanto na subjetividade das pessoas. Esta teoria, no entanto, mostrou-se fragilizada. Embora, o processo de secularização ainda esteja em curso, não há como ignorar o aumento significativo da presença religiosa na sociedade. Portanto, é relevante que o Ensino Religioso considere a mudança da compreensão da função social da religião. Qual o papel da religião em um contexto de rápidas transformações? A religião pode fazer-se política ao promover valores com fortes afinidades com a promoção da paz, da não violência, do cuidado com o meio ambiente, do respeito à autonomia e à liberdade de escolha das pessoas. A religião também pode desempenhar um papel de reivindicação por mudanças sociopolíticas na medida em que torna-se um agente questionador das relações sociais, humanas e econômicas geradoras de desigualdade. O movimento inter-religioso contemporâneo, fruto da modernidade, surge com a preocupação de promover valores religiosos que não entrem em contradição com o processo de modernização. Desde sua gênese, tem se envolvido com a promoção dos direitos humanos e com a identificação de iniciativas religiosas capazes de contribuir para relações não violentas. O movimento inter-religioso reconhece o diálogo como instrumento legítimo de reconhecimento da diversidade como valor positivo. O objetivo do GT é constituir um espaço de apresentação e discussão de pesquisas empíricas e conceituais sobre a promoção de valores inter-religiosos no Ensino Religioso.
Palavras chave: Diálogo Inter-religioso; Ensino Religioso.

GT10: A espiritualidade e a formação do educador
Coordenação: Dr. André Andrade Pereira (UFF) e Dr. Carlos Parada Filho (UFF)

Ementa: Esse GT se propõe discutir a importância da/s espiritualidade/s na relação com a formação do educador. Entendendo que, antes de tudo, educar é uma relação humana, a formação do educador envolve a formação de si mesmo, num processo contínuo de autoconhecimento e despertar de suas próprias potencialidades no caminho da auto-realização como pessoa humana e membro de uma coletividade de buscadores. Viver, para seres inconclusos como nós, é uma busca permanente que requer abertura a esse processo para atuar numa relação verdadeiramente educativa.
Palavras chave: Espiritualidade/s; Formação do educador.

GT11: Legislação e suas implicações na construção moral da sociedade a partir do Ensino Religioso
Coordenação: Dr. Evaldo Luis Pauly (UNILASALLE); Dr. Valdir Pedde (FEEVALE) e Ms. Henri Luiz Fuchs (UNILASALLE).

Ementa: Tendo como base, por um lado, a perspectiva construtivista da formação moral proposta por Jean Piaget e, por outro, a educação como fenômeno social, tal como enunciado por Emile Durkheim, propomos averiguar a possibilidade da construção moral a partir do Ensino Religioso tendo em vista a vigente legislação sobre a temática, bem como seus pressupostos teóricos.
Palavras chave: Educação; Construção Moral; Ensino Religioso.

GT12: Conhecimentos e religiosidades indígenas e o Ensino Religioso
Coordenação: Dr. Leonel Piovezana (UNOCHAPECÓ); Ms. Teresa Machado da Silva Dill (UNOCHAPECÓ) e Mestrando Gilberto Oliari (UNOCHAPECÓ)

Ementa: Discutir conhecimentos indígenas no que se refere à religiosidade e crenças no interior de suas terras. Conhecer suas manifestações espirituais, religiosas antes do contato com matrizes europeias e africanas. Debater sobre os processos de revitalização de rituais tradicionais e importância desses para o ensino religioso. Proporcionar debates em torno de questões relativas à diversidade religiosa e da presença de muitas igrejas de diferentes credos e matrizes culturais que atuam no interior das terras indígenas. Problematizar para compreensão nos processos de ensino religioso, questões que debatam a noção de tradicional, territorialidade, religiosidade, povos e grupos sociais, etnia, considerados tradicionais, uso de recursos naturais e manejo coletivo da natureza e esta no contexto sociocosmológico e da necessidade do ensino religioso no interior das escolas indígenas.
Palavras chave: Conhecimentos Indígenas; Religiosidades Indígenas; Ensino Religioso.

GT 13: Conhecimentos e religiosidades africanas e afro-brasileiras e o Ensino Religioso
Coordenação: Drando. Marcos Rodrigues da Silva (PUC-SP) e Me. Obertal Xavier Ribeiro (UNIGRANRIO)

Ementa: Este GT se propõe discutir conhecimentos africanos e afro-brasileiros no que se refere à sua cultura e religiosidade. A África e suas religiões. As religiões ancestrais e os cultos domésticos. As manifestações religiosas e espirituais trazidas pelos escravos presentes nas religiões e na religiosidade brasileira. Territórios, territorialidades e a religiosidade africana e afro-brasileira e suas interfaces com a educação e o Ensino Religioso.
Palavras chave: Conhecimentos africanos e afro-brasileiros; Religiosidades africanas e Afro-brasileiras; Ensino Religioso.

Textos Diversos