UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAÍBA
PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS DAS
RELIGIÕES
A expressão indígena KUABA
no tupi antigo significa saber, conhecer, conhecimento e a expressão ioruba ATAGBÁ, aquilo que é passado de
mão em mão, resultando num encontro ou numa reunião coletiva.
Este Grupo de Trabalho (GT) está
voltado para pesquisadores que estão interessados em aprofundar seus
conhecimentos nos estudos das religiões, prioritariamente, afro-indígena da
Paraíba, mas extensivo a todas as áreas do conhecimento. Os profissionais que
atuam no campo educacional formal, não-formal e informal têm neste GT uma grande
oportunidade de realizarem suas pesquisas.
Na história da educação
brasileira o estudo das religiões sempre se constituiu numa questão de fé e de
doutrinação religiosa, amplamente exercida por apenas uma vertente, a cristã.
Até a expulsão dos Jesuítas o ensino ficou praticamente restrito aos
seminários e colégios católicos e essa situação perdurou durante todo o período
colonial, uma vez que ainda não existia escola pública. Introduzida durante o
Império a incipiente rede pública continuou com um ensino religioso doutrinário
e sendo uma prerrogativa da Igreja Católica. Com a implantação da República
ocorreu a separação entre Estado e Igreja. A
Constituição Republicana de 1891 estabeleceu que a laicidade do ensino
ministrado nos estabelecimentos oficiais. Esse dispositivo não impediu que a
Igreja Católica direcionasse o ensino religioso na escola pública. O ensino religioso
é mencionado pela primeira vez na Constituição de 1934, em seu artigo nº 153,
que estabelece a obrigatoriedade de sua oferta nas escolas públicas primárias,
secundárias, profissionais e normais, porém com matrícula facultativa e de
acordo com os princípios da confissão religiosa do aprendiz. Essas diretrizes são
mantidas ao longo das décadas seguintes e confirmadas na Constituição de 1988 e
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Em 1997, a Lei nº 9.475, introduz
avanços ao vedar a prática do proselitismo religioso e apontar possibilidades
de “[...] ampliar o conhecimento científico, indispensável ao exercício da
convivência religiosa, bem como à compreensão do mundo moderno plural,
multireligioso e multiracial.” O conhecimento das motivações religiosas dos
diferentes povos adquire em nossa época sua maior importância. Todavia, a
denominação "Ensino Religioso" fica muito aquém de uma definição mais
abrangente como "estudo das religiões", o que aliás deveria ser o
nome dessa disciplina uma vez que não existe "ensino matemático",
"ensino histórico", "ensino filosófico". É preciso ensinar/estudar Matemática,
Filosofia e Religiões. O Estudo das Religiões necessita ser entendido como o
estudo do fenômeno religioso, como uma das dimensões que compõem a experiência
humana e sua organização social, contando com um profissional com formação
específica para isso.
O GT KUABA ATAGBÁ tem
por objetivo geral formar profissionais/pesquisadores interessados em
aprofundar seus conhecimentos nos estudos das religiões, prioritariamente,
afro-indígena da Paraíba, mas com abertura para todas áreas afins.
COORDENAÇÃO: Profº
Lusival Antonio Barcellos lusival@ccae.ufpb.br
PARTICIPANTES: Profº José Antonio Novaes da Silva baruty@gmail.com
Profª Ana Maria Coutinho anamcoutinho@gmail.com
Informações: http://groups.google.com.br/group/kuabaatagba E-MAIL: kuabaatagba@gmail.com
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