terça-feira, 5 de junho de 2012

GRUPO DE PESQUISA KUABA ATAGBÁ



UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS DAS RELIGIÕES


A expressão indígena KUABA no tupi antigo significa saber, conhecer, conhecimento e a expressão ioruba ATAGBÁ, aquilo que é passado de mão em mão, resultando num encontro ou numa reunião coletiva.
Este Grupo de Trabalho (GT) está voltado para pesquisadores que estão interessados em aprofundar seus conhecimentos nos estudos das religiões, prioritariamente, afro-indígena da Paraíba, mas extensivo a todas as áreas do conhecimento. Os profissionais que atuam no campo educacional formal, não-formal e informal têm neste GT uma grande oportunidade de realizarem suas pesquisas.
Na história da educação brasileira o estudo das religiões sempre se constituiu numa questão de fé e de doutrinação religiosa, amplamente exercida por apenas uma vertente, a cristã. Até a expulsão dos Jesuí­tas  o ensino ficou praticamente restrito aos seminários e colégios católicos e essa situação perdurou durante todo o perí­odo colonial, uma vez que ainda não existia escola pública. Introduzida durante o Império a incipiente rede pública continuou com um ensino religioso doutrinário e sendo uma prerrogativa da Igreja Católica. Com a implantação da República ocorreu a separação entre Estado e Igreja. A Constituição Republicana de 1891 estabeleceu que a laicidade do ensino ministrado nos estabelecimentos oficiais. Esse dispositivo não impediu que a Igreja Católica direcionasse o ensino religioso na escola pública. O ensino religioso é mencionado pela primeira vez na Constituição de 1934, em seu artigo nº 153, que estabelece a obrigatoriedade de sua oferta nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais, porém com matrícula facultativa e de acordo com os princípios da confissão religiosa do aprendiz. Essas diretrizes são mantidas ao longo das décadas seguintes e confirmadas na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Em 1997, a Lei nº 9.475, introduz avanços ao vedar a prática do proselitismo religioso e apontar possibilidades de “[...] ampliar o conhecimento cientí­fico, indispensável ao exercí­cio da convivência religiosa, bem como à compreensão do mundo moderno plural, multireligioso e multiracial.” O conhecimento das motivações religiosas dos diferentes povos adquire em nossa época sua maior importância. Todavia, a denominação "Ensino Religioso" fica muito aquém de uma definição mais abrangente como "estudo das religiões", o que aliás deveria ser o nome dessa disciplina uma vez que não existe "ensino matemático", "ensino histórico", "ensino filosófico".  É preciso ensinar/estudar Matemática, Filosofia e Religiões. O Estudo das Religiões necessita ser entendido como o estudo do fenômeno religioso, como uma das dimensões que compõem a experiência humana e sua organização social, contando com um profissional com formação específica para isso.
O GT KUABA ATAGBÁ tem por objetivo geral formar profissionais/pesquisadores interessados em aprofundar seus conhecimentos nos estudos das religiões, prioritariamente, afro-indígena da Paraíba, mas com abertura para todas  áreas afins.
COORDENAÇÃO:   Profº Lusival Antonio Barcellos              lusival@ccae.ufpb.br
PARTICIPANTES:   Profº José Antonio Novaes da Silva         baruty@gmail.com
      Profª Ana Maria Coutinho                       anamcoutinho@gmail.com

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